18/05/2009

Cronologia do Século XX

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Sidónio Pais - [Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (1872-1918)]

Nasceu em Caminha a 1 de Maio de 1872. Concluiu o liceu em Viana do Castelo e seguiu para Coimbra, onde cursou Matemática e Filosofia. Em 1888 entra para a Escola do Exército, para a arma de Artilharia. Inicia então a sua carreira militar, sendo promovido a alferes em 1892 e chegando ao posto de major, em 1916. Licenciou-se em Matemática, na Universidade de Coimbra, doutorando-se no ano de 1898, universidade onde acabou por dar aulas como professor catedrático e da qual foi nomeado vice-reitor a 23 de Outubro de 1910, sendo reitor Manuel de Arriaga. Foi professor da Escola Industrial Brotero e, mais tarde, director da mesma instituição. Depois da implantação da República, e durante um breve período de tempo, ocupou o cargo de membro dos corpos gerentes da Companhia de Caminhos de Ferro. Pertenceu à Maçonaria, na Loja "Estrela de Alva" de Coimbra, com o nome de “irmão Carlyle”. Sobraçou a pasta do Fomento, no governo de João Chagas, de 4 de Setembro a 3 de Novembro de 1911. Dez dias depois, transitou para a pasta das Finanças no executivo chamado “de concentração” de Augusto de Vasconcelos, cargo que exerceu até 16 de Junho de 1912. A 17 de Agosto de 1912 foi nomeado Ministro Plenipotenciário de Portugal em Berlim, cargo que desempenhou até 9 de Março de 1916, altura em que Portugal entrou na Primeira Guerra Mundial. Regressou nesse ano a Portugal e, de 5 a 8 de Dezembro de 1917, liderou a revolta protagonizada pela Junta Militar revolucionária, da qual era seu Presidente. “Sidónio Pais contou com o apoio de vários grupos de trabalhadores (que negociaram a libertação de camaradas encarcerados por questões sociais) e ainda com a "expectativa benévola" da União Operária Nacional. O papel dos grupos civis foi determinante para a vitória dos revoltosos. Na madrugada de 8, acaba por exonerar o governo mas não iniciaria a habitual consulta para formação de governo, porque os revoltosos assumem o poder, destituindo o Presidente da República.” A 11 de Dezembro de 1917 tomou posse como Presidente do ministério, acumulando as pastas da Guerra e dos Negócios Estrangeiros. Assume a Presidência da República em 27 de Dezembro (de acordo com o decreto n.º 3701) até haver nova eleição. É então que é eleito, por sufrágio directo, em 28 de Abril de 1918, sendo proclamado Presidente da República em 9 de Maio do mesmo ano. Durante o ano em que permaneceu no poder Sidónio Pais altera a Lei de Separação entre as Igrejas e o Estado, numa tentativa de apaziguamento das relações com a Igreja (23 de Fevereiro de 1918), estabelece o sufrágio universal (11 de Março de 1918) e consegue reatamento das relações com a Santa Sé, através do envio do Monsenhor Aloísio Mazella que assume as funções de Encarregado de Negócios da Santa Sé em Lisboa (25 de Julho de 1918). Os decretos de Março de 1918, denominados de “Constituição de 1918” conferem ao regime uma feição presidencialista. A 14 de Dezembro de 1918 é morto a tiro, por José Júlio da Costa, na estação do Rossio em Lisboa.

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