18/05/2009

Cronologia do Século XX

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JOÃO DO CANTO E CASTRO

Alistou-se na marinha como aspirante de marinha em 1881, começando a frequentar o curso da Escola Naval, que concluiu em 1883, com o posto de guarda-marinha. Promovido a segundo-tenente em 1887, realizando uma viagem a Macau, Timor e Moçambique a bordo da canhoneira Zaire, sendo nomeado seu comandante interino em Abril de 1889.

Em 1890 pertenceu à Comissão dos Limites do Congo, sendo agraciado com a ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Em Janeiro de 1891 é promovido a primeiro tenente e colocado na Escola de Alunos Marinheiros, em Lisboa. No ano seguinte é nomeado, por sugestão do almirante Ferreira do Amaral, governador do Distrito de Lourenço Marques, em Moçambique, mas é obrigado a regressar por motivo de doença. Em 1893 transporta João Chagas  degredado para Angola, retomando de seguida o governo de Lourenço Marques, que defende dos ataques da população africana revoltada. Recebe por essa acção o colar da Torre e Espada.

Logo de seguida, é nomeado governador do Distrito de Moçamedes, em Angola, cargo que ocupará até 1896. Em 1902 regressa ao mar para comandar canhoneiras, e em Junho de 1910 é promovido a capitão de fragata, e nomeado para a Comissão Técnica da Direcção Geral de Marinha. O ministro da marinha do governo provisório da República, nomeia-o comandante da Escola de Marinheiros de Leixões, e chefe do Departamento Marítimo do Norte, sendo elogiado pelo novo regime devido à sua acção aquando das cheias ocorridas na região em Dezembro de 1911.

Em 1913 é comandante do cruzador Adamastor, que foi buscar a Macau, fazendo a viagem por terra, utilizando o transiberiano.  Promovido a capitão de mar-e-guerra, é nomeado comandante da Escola Prática de Artilharia Naval, instalada na Fragata D. Fernando.

Em 1918 é nomeado director dos serviços do Estado-Maior Naval, tendo já o posto de contra-almirante, e em 9 de Setembro é escolhido para ministro da Marinha, cargo que aceita pressionado pelos oficiais da Marinha. Devido ao assassinato de Sidónio Pais é eleito Presidente da República pelas duas câmaras do Congresso da República, de acordo com a Constituição de 1911.  Durante o seu curto mandato, terá de fazer frente à revolta republicana de Santarém, à proclamação da Monarquia no Norte, à agitação social provocada por um movimento generalizado de greves e à continuada agitação política, que fez com que tivesse nomeado quatro governos durante os cerca de 300 dias em que ocupou o cargo de Presidente da República.

Substituído em 6 de Outubro de 1919 por António José de Almeida, eleito presidente em 6 de Agosto, foi promovido a Almirante em 25 de Outubro. Nomeado Chanceler da Ordem da Torre e Espada e presidente do Conselho Superior de Disciplina da Armada, passou à situação de reforma em 1932.

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