António José de Almeida - [António José de Almeida (1866-1929)]
Nasceu em Vale da Vinha, Penacova, a 18 de Julho de 1866. Brilhante e temível orador, foi um dos mais destacados caudilhos republicanos. A sua vida política ganha relevo, quando estudante em Coimbra, no contexto da crise do Ultimatum, altura em que é condenado a 3 meses de prisão, devido ao seu artigo: Bragança, o último. Após um período (1895-1904) no qual exerce a sua actividade de médico em S. Tomé, regressa às lides políticas, quer como deputado, eleito em 1906, quer como conspirador contra o franquismo e a monarquia, quer na revista “Alma Nacional”. Iniciado na Maçonaria em 1907, toma o nome simbólico de Álvaro Vaz de Almada, pertencendo à loja «Montanha» e à Carbonária e vindo a ser o elo entre a Comissão de Resistência da Maçonaria e o Partido Republicano na preparação do “5 de Outubro”. Proclamada a República, tem a seu cargo o Ministério do Interior do Governo Provisório, onde ensaia modos de concertação entre o operariado e entidades patronais e concretiza a reforma do Ensino Primário, ao mesmo tempo que são criadas as Universidades de Lisboa e do Porto. Distancia-se rapidamente da corrente liderada por Afonso Costa, funda o jornal República e organiza o Partido Evolucionista. Depois de várias divergências com os “democráticos”, aceita presidir ao governo de “União Sagrada”, durante a participação de Portugal na Guerra. De 1919 a 1923 foi Presidente da República, sendo de salientar a sua visita oficial ao Brasil, em 1922, que ficou memorável pelas suas capacidades oratórias. De novo deputado por Lisboa em 1925, seria ainda escolhido para Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano em 1929, mas já não tomou posse devido ao seu estado de saúde, morrendo em Lisboa a 31 de Outubro de 1929.
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