18/05/2009

Cronologia do Século XX

TEOFILO BRAGA

TEÓFILO BRAGA

Joaquim Teófilo Fernandes Braga [escritor, filólogo e político] nasceu em Ponta Delgada (S. Miguel), em 24 de Fevereiro de 1843.

Estudou Direito, em Coimbra. A partir de 1861, juntou-se à Geração de 70, grupo de intelectuais que criticava o estado da Nação e era a favor da implantação da República.

Quando, em 5 de Outubro de 1910, é proclamada a República, Teófilo Braga, que era deputado, foi escolhido para presidir ao Governo Provisório que governou Portugal, até ser eleito o primeiro Presidente da República.

Em menos de um ano, este Governo conseguiu: manter a ordem pública; tornar o novo regime mais forte e ser reconhecido pelos principais países estrangeiros; preparar as eleições para a Assembleia Constituinte, que elaboraria a Constituição Política da República Portuguesa. Os republicanos:

-Substituíram a bandeira (que, de azul e branca, passou a vermelha e verde);

-Adoptaram um novo hino nacional, A PORTUGUESA [nascida da onda de patriotismo que levantou os portugueses contra os ingleses, face ao Ultimato Inglês];

-Substituíram a moeda portuguesa, o real, pelo escudo;

-Reconheceram, aos trabalhadores, o direito à greve;

-Criaram novas leis da família, com mais direitos para as mulheres;

-Iniciaram uma reforma da Educação, estabelecendo o ensino obrigatório e gratuito, dos 7 aos 10 anos;

-Elaboraram a lei da separação da Igreja e do Estado.

Depois da Constituição ter sido aprovada e da eleição de Manuel de Arriaga [outro açoriano ilustre, mas do Faial] para primeiro Presidente da República Portuguesa, Teófilo Braga regressa ao seu lugar de deputado.

A 29 de Maio de 1915, depois dum complicado processo em que Manuel de Arriaga se vê obrigado a abandonar o cargo, Teófilo Braga substituí-o assumindo a presidência até à tomada de posse do novo presidente, Bernardino Machado, em 5 de Outubro de 1915.

Depois de abandonar a política, sozinho por morte dos seus familiares mais próximos, dedica-se à escrita. Ao longo da vida, escreveu mais de 300 livros.

Morre, no seu gabinete de trabalho, em Lisboa, em 28 de Janeiro de 1924.

Sem comentários:

Enviar um comentário